A Temporada de Queimadas na Amazônia é a Pior em 17 Anos: Corredor de Fumaça se Expande e Afeta 10 Estados

Queimadas na Amazônia

Queimadas na Amazônia, ela está enfrentando uma das piores temporadas de queimadas dos últimos 17 anos, com um número recorde de focos de incêndio e um corredor de fumaça que já se espalhou por 10 estados brasileiros.

Os ventos, que normalmente trariam umidade da floresta, estão agora transportando a fumaça por milhares de quilômetros, afetando vastas regiões do país. A situaçãona queimadas na Amazônia é agravada pela seca severa que atinge mais de mil cidades no Brasil, exacerbando ainda mais a crise ambiental.

Recorde de Queimadas e Impactos na Saúde, Queimadas na Amazônia

Desde janeiro de 2024, a Amazônia já registrou 59 mil focos de incêndio, o maior número desde 2008. A densa camada de fumaça gerada por esses incêndios está tornando o ar quase irrespirável, com o céu coberto por uma névoa cinzenta.

Especialistas alertam que até o final da semana, a fumaça poderá afetar diretamente dez estados, tornando a situação crítica em diversas áreas do Brasil.

Expansão do Corredor de Fumaça

A fumaça gerada pelos queimadas na Amazônia está se espalhando pelo país, criando um “corredor de fumaça” que abrange estados como :

  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • Mato Grosso do Sul
  • Acre, Rondônia
  • Minas Gerais
  • São Paulo
  • Amazonas.

Esse fenômeno está sendo impulsionado pela intensidade do fogo e pela seca prolongada, que estão alimentando os focos de incêndio e aumentando a quantidade de fumaça na atmosfera.

Causas e Contribuições Climáticas

A seca severa que atinge o Brasil é um dos principais fatores que contribuem para o aumento das queimadas. Este fenômeno, que normalmente ocorre entre agosto e outubro, foi antecipado devido ao impacto do El Niño e ao aquecimento acelerado do Oceano Atlântico.

Como resultado, a umidade no país diminuiu, as temperaturas subiram e as condições para a propagação do fogo se tornaram ideais.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou uma redução de 45% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024. Contudo, apesar dessa redução, as áreas desmatadas anteriormente continuam a ser afetadas pelo fogo, agravando a situação.

O pesquisador Luiz Aragão, do Inpe, destaca que é fundamental monitorar e controlar o uso do fogo nas áreas já desmatadas, pois o clima mais seco está permitindo que os incêndios se espalhem rapidamente.

A Propagação da Fumaça

A propagação da fumaça por grandes distâncias é explicada pela circulação atmosférica. O vento, que normalmente traz umidade do nordeste do Brasil e da Amazônia, está agora transportando a fumaça para o sul do país, afetando estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Esse fluxo de ar, que deveria beneficiar o clima, está contribuindo para a deterioração da qualidade do ar em várias regiões.

Previsões para os Próximos Dias

De acordo com os meteorologistas, a situação deve piorar a partir de quarta-feira, 21 de agosto. A fumaça, comprimida por uma frente fria que se aproxima do Centro-Sul, será transportada para a capital São Paulo, o interior de Minas Gerais e várias cidades do Paraná. O ar frio intensificará a propagação da fumaça, aumentando ainda mais os problemas respiratórios e de visibilidade nas áreas afetadas.

Uma Crise Ambiental Sem Precedentes

A temporada de queimadas na Amazônia na 2024 já é uma das mais devastadoras da história recente. Com milhares de focos de incêndio e um corredor de fumaça que afeta grande parte do Brasil, o país enfrenta uma crise ambiental sem precedentes.
A combinação de seca, desmatamento e mudanças climáticas está criando um cenário onde a recuperação será lenta e os impactos serão sentidos por muito tempo. A necessidade de ação imediata para controlar as queimadas e mitigar os efeitos das mudanças climáticas nunca foi tão urgente.

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